FICHA TÉCNICA
ISBN: 9788572327770
Idioma: Português (Brasil)
Número de páginas: 143
Martin Claret
QUANTAS VEZES EU JÁ
DISSE QUE, TENDO ELIMINADO O IMPOSSÍVEL, AQUILO QUE RESTA, AINDA QUE
IMPROVÁVEL, DEVE SER A VERDADE?
O Signo dos Quatro é
um romance policial escrito por Sir Arthur Conan Doyle, publicado originalmente
pela Lippincott’s Magazine em fevereiro de 1890, sendo a primeira edição em
formato de livro publicada em outubro do mesmo ano. É a segunda história da
saga do detetive Sherlock Holmes.
*CONTÉM SPOILER*
O
livro que segue Um Estudo em Vermelho, continua com a saga de Dr. Watson e
seu amigo, o maior detetive de toda a Inglaterra. O médico ainda possui algumas
dúvidas em relação ao talento de Sherlock Holmes, dúvidas essas que não
resistem ao mais novo e complicado caso que chega até a dupla.
Neste
livro a narração continua sendo de Watson. Isso facilita bastante o
entendimento da trama, já que o mesmo, assim como os leitores, tem o raciocino
mais lento que o de Holmes e na maioria das vezes todas as dúvidas do doutor
são as mesmas que temos. Assim, quando ele pergunta abertamente como o detetive
chegou à conclusão, é explicado detalhadamente, sem nos deixar com dúvida de
como a mente de Holmes é excepcional.
Somos
também introduzidos a mais um policial da Scotland Yard, mas que em termos de
participação na trama, no início, me lembrou bastante Lestrade, já que,
Sherlock sempre faz questão de ressaltar a falta de capacidade dos mesmos, uma
vez que sua própria mente continua impecável e sempre um passo à frente de
qualquer outro que tente desvendar o caso. Também ficamos sabendo um pouco mais
sobre o vício de Holmes nas drogas, com alguns momentos em que abordam assuntos
como a cocaína e sua necessidade quando não existem casos a serem desvendados.
O
livro começa com um Sherlock Holmes extremamente entediado pela ausência de
trabalho. Até mesmo depressivo, por não ter um crime para desvendar.
Contudo,
esse quadro logo muda, quando a jovem Srta. Mary Morstan vem recorrer a sua
ajuda, a fim de solucionar o desaparecimento misterioso do pai, um oficial que
servia na Índia. O homem havia tirado licença e escreveu para a filha, dizendo
que iria para a Inglaterra a fim de visitar a família. Entretanto, quando ela
vai ao hotel em que ele se hospedara, sua bagagem continuava ali, mas o homem
desaparecera sem deixar rastros. Anos haviam se passado. Mais dois detalhes
peculiares rondavam o caso: todos os anos, a jovem passou a receber na mesma
data, uma caixa contendo uma pérola, que, segundo peritos, era rara e valiosa;
além disso, na data em que procura a ajuda de Holmes, ela havia recebido um
bilhete misterioso, solicitando que se encontrasse com alguém a fim de obter
justiça, já que ela havia sido prejudicada. Assim, Holmes, agora animado com o
caso que batera à sua porta, e Dr. Watson, vão junto da moça ao encontro
solicitado, dando, assim, início a uma investigação que leva a um final inesperado,
com direito a reviravoltas e descobertas que dificilmente algum leitor irá
prever.
O
autor segue a mesma linha de Um Estudo
em Vermelho em que o assassino é identificado com extrema rapidez logo na
primeira metade do livro. O restante é dedicado ao depoimento do criminoso, que
conta sua história e os motivos que o levaram a cometer o delito. Outro ponto
que aproxima as duas obras é o fato de que o crime se desenrola a partir de uma
vingança.
Apesar
de algumas semelhanças, cada livro tem sua particularidade e o objetivo aqui
não é compara – los. Porém, como se trata das primeiras obras do autor, é
impossível deixar de observar certos detalhes em suas estruturas. Percebe – se
certo aperfeiçoamento no que se refere à trama, pois O Signo dos Quatro vai muito além da coleta de pistas e das
deduções, há ação. Tanto Holmes quanto Watson passam por uma situação em que
suas vidas correm risco e é justamente este o diferencial.
Sherlock
Holmes continua sendo um exímio observador e, com instintos extremamente
apurados e com sua incrível capacidade lógica, supera qualquer detetive da
Scotland Yard. A trama mostra o quanto Holmes é peça chave na solução dos
crimes londrinos. Além da narrativa de investigação e suspense, o que marca os
textos de Conan Doyle são as características marcantes de Holmes. Em O Signo dos Quatro temos, mais uma
vez, todas essas características presentes em grande estilo, sendo elas
fundamentais para que o personagem atravesse séculos, e mesmo assim continue
sendo um dos mais conhecidos e célebres investigadores, não apenas da
literatura, mas também do cinema, teatro e da TV.
***RESENHA POR DHIEGO ALPIN***
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