25 de dezembro de 2013

O CÃO DOS BASKERVILLES (SIR ARTHUR CONAN DOYLE)

FICHA TÉCNICA
ISBN: 9788572324458
Idioma: Português (Brasil)
Número de páginas: 157
Martin Claret

O Cão dos Baskervilles é um romance policial escrito por Sir Arthur Conan Doyle, a história era originalmente dividida em partes, impressas pela revista Strand Magazine de agosto de 1901 a Abril de 1902. É a terceira história da saga do detetive Sherlock Holmes.

*CONTÉM SPOILER*

A história tem início com Sherlock Holmes e o Dr. Watson tomando café da manhã no seu escritório em Londres, enquanto discutiam e elaboravam hipóteses sobre detalhes da vida de um homem, tudo isso a partir do exame de uma bengala com algumas marcas, esquecida pelo sujeito na noite anterior. A campainha toca, é o Dr. Mortiner, o dono da bengala. Além de vir buscar seu objeto, ele lê um documento antigo, sobre a lenda de um cão demoníaco que teria aterrorizado e matado Hugo Baskerville, antepassado de Charles Baskerville, morto há cerca de três meses. A causa de sua morte? Ataque cardíaco causado pelo terror do suposto encontro com criatura lendária. Sir Henry Baskerville, o único herdeiro restante, irá para o Solar Baskerville em Devonshire para dar continuidade as obras de caridade de seu falecido tio.

Porém, o Dr. Mortimer, que era amigo íntimo de Charles, teme que Sir Henry tenha o mesmo fim trágico de seu tio. Para isso, contrata os serviços de Sherlock Holmes para fazer a investigação. Holmes dá início a uma série de perguntas que, geralmente, causam grande confusão a quem responde. Mas, uma vez que assume uma investigação, o detetive de Baker Street exige que suas ordens sejam seguidas à risca e seus questionamentos respondidos, mesmo que aparentem ser triviais. Outro detalhe é que Holmes nunca diz sobre os planos que tem em mente antes dos mesmos serem executados, o que deixa os outros personagens contrariados.

Fica decidido que Dr. Watson irá junto com Sir Henry para o Solar Baskerville e lá ficará hospedado. Sua tarefa é ficar sempre junto a Sir Henry, nunca deixa – lo sair sozinho e reportar tudo que acontece para Holmes, que estará em Londres resolvendo outros casos. O detalhe interessante é que a narrativa é feita sempre do ponto de vista do Dr. Watson, sempre temos acesso a seus relatórios, cartas e até seus pensamentos. Por outro lado, nunca sabemos o que se passa pela cabeça de Sherlock Holmes, a não ser quando o próprio revela, depois dos fatos consumados.

Dr. Watson começa investigar a lenda e a morte de Sir Charles. Fazendo perguntas aos vizinhos, e com isso conhece o Sr. Stapleton, um estranho naturalista e sua irmã, que alerta Sir Henry do perigo que corre permanecendo na mansão e tenta convence – lo a voltar para Londres. Após esta estranha intervenção, Holmes e Watson começam investigar – lo.

Em certo dia Holmes, investigando a mansão, vê um quadro de Hugo Baskerville e percebe uma enorme semelhança entre Hugo e Stapleton. Com isso, Holmes consegue resolver o mistério, na verdade, o verdadeiro culpado da morte de Sir Charles era Stapleton, que também era um Baskerville, que ao saber da lenda, comprou um enorme cão e usou soluções químicas para deixar o animal com uma aparência diabólica.

Após descobrir a verdade, Holmes resolve fazer uma armadilha para Stapleton. Ele mandou Sir Henry sair à noite e disse a todos que voltaria para Londres para o assassino não desconfiar, e dar sequencia a seu plano diabólico. Stapleton acreditou e soltou o cão atrás de Sir Henry, logo atrás iam Holmes e Watson atirando no animal que após derrubar Sir Henry no chão é morto. Assustado com os tiros Stapleton foge, e ninguém nunca mais o viu.

No final de tudo Sra. Stapleton, que na verdade era esposa do assassino, que a fez mentir para que não desconfiassem do seu plano, casa – se com Henry pois se apaixonaram no decorrer da história. Holmes e Watson voltam para Londres para resolver novos mistérios.

Essa é uma das mais famosas histórias de Sherlock Holmes e que, dessa vez, se passa em dois cenários principais: Londres e o condado de Devonshire;  conseguindo prender os leitores, pois durante todo o livro o assassino não é revelado. Este é um grande diferencial para as duas primeiras obras, que tinham o assassino revelado na metade.

Esse romance de Doyle tem uns aspectos interessantes pra ressaltar: Holmes faz as deduções em tempo de execução; o meliante que está por trás de toda armação mostra – se muito sagaz e perigoso, inclusive antecipando os passos de Holmes. Portanto é um conflito que vale muito ser lido, ainda mais aliado à genialidade de Doyle e sua escrita econômica e detalhista. Este é um romance policial sofisticado e recheado de detalhes fantásticos nos cenários exóticos e melancólicos de Devonshire.

Outro ponto é o fato de Watson trabalha sozinho na maior parte do tempo, enquanto os leitores são levados a acreditar na ausência de Holmes. Mas o mesmo, ao final, mostra o porquê desse método, vital para a maior parte das pistas que são mostradas no final. A conclusão do livro é a melhor parte pelo encadeamento lógico das pistas e pela solução apresentada por Holmes numa narrativa frenética que certamente cativa o leitor no livro. Sem dúvidas esta aventura de Holmes constitui um bom prazer literário.

***RESENHA POR DHIEGO ALPIN***

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