FICHA TÉCNICA
ISBN: 9788572324458
Idioma: Português (Brasil)
Número de páginas: 157
Martin Claret
O Cão dos Baskervilles é
um romance policial escrito por Sir Arthur Conan Doyle, a história era
originalmente dividida em partes, impressas pela revista Strand Magazine de
agosto de 1901 a Abril de 1902. É a terceira história da saga do detetive
Sherlock Holmes.
*CONTÉM SPOILER*
A
história tem início com Sherlock Holmes e o Dr. Watson tomando café da manhã no
seu escritório em Londres, enquanto discutiam e elaboravam hipóteses sobre
detalhes da vida de um homem, tudo isso a partir do exame de uma bengala com
algumas marcas, esquecida pelo sujeito na noite anterior. A campainha toca, é o
Dr. Mortiner, o dono da bengala. Além de vir buscar seu objeto, ele lê um
documento antigo, sobre a lenda de um cão demoníaco que teria aterrorizado e
matado Hugo Baskerville, antepassado de Charles Baskerville, morto há cerca de três
meses. A causa de sua morte? Ataque cardíaco causado pelo terror do suposto encontro
com criatura lendária. Sir Henry Baskerville, o único herdeiro restante, irá
para o Solar Baskerville em Devonshire para dar continuidade as obras de
caridade de seu falecido tio.
Porém,
o Dr. Mortimer, que era amigo íntimo de Charles, teme que Sir Henry tenha o
mesmo fim trágico de seu tio. Para isso, contrata os serviços de Sherlock
Holmes para fazer a investigação. Holmes dá início a uma série de perguntas
que, geralmente, causam grande confusão a quem responde. Mas, uma vez que
assume uma investigação, o detetive de Baker Street exige que suas ordens sejam
seguidas à risca e seus questionamentos respondidos, mesmo que aparentem ser
triviais. Outro detalhe é que Holmes nunca diz sobre os planos que tem em mente
antes dos mesmos serem executados, o que deixa os outros personagens
contrariados.
Fica
decidido que Dr. Watson irá junto com Sir Henry para o Solar Baskerville e lá
ficará hospedado. Sua tarefa é ficar sempre junto a Sir Henry, nunca deixa – lo
sair sozinho e reportar tudo que acontece para Holmes, que estará em Londres
resolvendo outros casos. O detalhe interessante é que a narrativa é feita
sempre do ponto de vista do Dr. Watson, sempre temos acesso a seus relatórios,
cartas e até seus pensamentos. Por outro lado, nunca sabemos o que se passa
pela cabeça de Sherlock Holmes, a não ser quando o próprio revela, depois dos
fatos consumados.
Dr. Watson começa investigar a lenda e a morte de Sir
Charles. Fazendo perguntas aos vizinhos, e com isso conhece o Sr. Stapleton, um
estranho naturalista e sua irmã, que alerta Sir Henry do perigo que corre
permanecendo na mansão e tenta convence – lo a voltar para Londres. Após esta
estranha intervenção, Holmes e Watson começam investigar – lo.
Em certo dia Holmes, investigando a mansão, vê um quadro de
Hugo Baskerville e percebe uma enorme semelhança entre Hugo e Stapleton. Com
isso, Holmes consegue resolver o mistério, na verdade, o verdadeiro
culpado da morte de Sir Charles era Stapleton, que também era um Baskerville,
que ao saber da lenda, comprou um enorme cão e usou soluções químicas para
deixar o animal com uma aparência diabólica.
Após descobrir a verdade, Holmes resolve fazer uma armadilha
para Stapleton. Ele mandou Sir Henry sair à noite e disse a todos que voltaria
para Londres para o assassino não desconfiar, e dar sequencia a seu plano
diabólico. Stapleton acreditou e soltou o cão atrás de Sir Henry, logo atrás
iam Holmes e Watson atirando no animal que após derrubar Sir Henry no chão é
morto. Assustado com os tiros Stapleton foge, e ninguém nunca mais o viu.
No final de tudo Sra. Stapleton, que na verdade era esposa do
assassino, que a fez mentir para que não desconfiassem do seu plano, casa – se
com Henry pois se apaixonaram no decorrer da história. Holmes e Watson voltam
para Londres para resolver novos mistérios.
Essa
é uma das mais famosas histórias de Sherlock Holmes e que, dessa vez, se passa
em dois cenários principais: Londres e o condado de Devonshire; conseguindo prender os leitores, pois durante
todo o livro o assassino não é revelado. Este é um grande diferencial para as
duas primeiras obras, que tinham o assassino revelado na metade.
Esse
romance de Doyle tem uns aspectos interessantes pra ressaltar: Holmes faz as
deduções em tempo de execução; o meliante que está por trás de toda armação
mostra – se muito sagaz e perigoso, inclusive antecipando os passos de Holmes.
Portanto é um conflito que vale muito ser lido, ainda mais aliado à genialidade
de Doyle e sua escrita econômica e detalhista. Este é um romance policial
sofisticado e recheado de detalhes fantásticos nos cenários exóticos e
melancólicos de Devonshire.
Outro
ponto é o fato de Watson trabalha sozinho na maior parte do tempo, enquanto os
leitores são levados a acreditar na ausência de Holmes. Mas o mesmo, ao final,
mostra o porquê desse método, vital para a maior parte das pistas que são
mostradas no final. A conclusão do livro é a melhor parte pelo encadeamento
lógico das pistas e pela solução apresentada por Holmes numa narrativa
frenética que certamente cativa o leitor no livro. Sem dúvidas esta aventura de
Holmes constitui um bom prazer literário.
***RESENHA POR DHIEGO ALPIN***
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