FICHA TÉCNICA
ISBN: 9788579801242
Idioma: Português (Brasil)
Número de Páginas: 792
Rocco
DEPOSITAR OS
PROBLEMAS E DIFICULDADES AOS PÉS DE UMA FORÇA MAIOR QUE ELE E ENTREGAR SEU
DESTINO ÀQUELE PODER SERIA UM ALÍVIO E O FAZIA DEIXAR DE SER RESPONSÁVEL PELO
SEU DESTINO E DAQUELES A QUEM AMAVA
Herança é
um livro de fantasia escrito pelo norte – americano Christopher Paolini. É o quarto
e último livro do Ciclo da Herança, lançado
em novembro de 2011 nos EUA pela editora Random House Publishing e chegando ao
Brasil em agosto de 2012 pela Editora Rocco. Precedido por Eragon. Eldest e Brisingr.
*CONTÉM SPOILER*
Até
bem pouco tempo, Eragon nada mais era do que um pobre garoto da fazenda, e seu
dragão, Saphira, apenas uma pedra azul na floresta. Em Herança, o destino de toda uma civilização está sobre seus ombros.
Fortalecidos por longos treinamentos e intocáveis batalhas, Eragon e Saphira somam muitas vitórias, mas também colecionam dores de perdas muito difíceis. Agora, a derradeira batalha está para começar. O Cavaleiro e seu dragão chegaram mais longe do que qualquer um ousou imaginar. Mas será que eles serão capazes de derrubar o poderoso tirano Galbatorix e restaurar a justiça no reino da Alagaësia? E se conseguirem, qual será o custo da vitória?
Assim como em Eldest e Brisingr, Herança inicia com o resumo da história narrada nos livros anteriores. É um prologo útil, visto que Herança começa exatamente após Brisingr, e Eragon e Saphira já estão no campo de batalha rumo ao covil de Galbatorix, mas para chegar lá precisam percorrer um longo caminho traiçoeiro sem saber em quem confiar com espiões ao seu redor. Neste livro, O jovem cavaleiro não é o ponto central da estória, dividindo – a com Roran e também com a líder dos Varden, Lady Nasuada, Isso tornou o livro muito mais dinâmico.
A narrativa segue o padrão que Paolini criou, intercalando o personagem em foco nos capítulos. Vemos Eragon, sempre ocupado tentando se desenvolver como Cavaleiro; acompanhamos o manejo político de Nasuada; acompanhamos a batalha com os desafios passados por Roran em seu caminho como Martelo Forte; e até mesmo descobrimos a força e selvageria de Saphira, a nos é trazida por um capítulo incrível durante o ataque a Dras – Leona. Isso tudo somada a presença sempre formidável da elfa Arya, da hebolária Angela, do dragão Glaedr, de Murtagh, e do Rei Orik.
A leitura se torna muito fluida com esse método intercalado, pois há uma certa ruptura que sempre se dá em acontecimentos drásticos. E isso torna o livro viciante.
O grande desafio para todos os personagens parece ser estar à altura da batalha para qual estão marchando e fazer o melhor para ajudar. Razão pela qual Eragon tem treinos de esgrima com os elfos para aprender a ler seu adversário e atacar nos pontos fracos. Também o motivo para Roran ir a cavalo sem parar até chegar a uma cidade onde deve ajudar no cerco.
As coisas ficam paradas no livro apenas quando Eragon lembra de uma frase que Solembum disse para ele quando o conheceu: “Quando chegar a hora e você precisar de arma, olhe embaixo das raízes da árvore Menoa. Depois, quando tudo parecer perdido e o seu poder não for suficiente, vá até a pedra de Kuthian e diga o seu nome para abrir o Cofre das Almas.” Em Brisingr Eragon precisa de uma espada e acha o aço especial sob as raízes da árvore de Menoa. Então, a partir disso ele pressente que tudo parece perdido e se dedica a procurar por essa Pedra de Kuthian.
Só depois de uns bons capítulos focados na busca de Eragon pelo Cofre das Almas, é que chegamos a batalha final que esperamos por toda a série. Finalmente neste ponto aparece Galbatorix, que até o presente momento só tinha sido citado por outros personagens.
Os Varden, os Elfos, os Anões, os Urgals e os Meninos – Gatos estão unidos para enfrentar o exército de Galbatorix, a batalha final é sensacional, dramática, intensa. O mais interessante é que a batalha não se passa apenas num plano físico, mas também no plano psicológico. Eragon já é um livro com grandes batalhas mentais, e grandes testes do caráter dos personagens, isso se mostra, mais do que nunca, nessa batalha. Nela, todas as nuances de personagem que temos nos livros se mesclam e podemos ver a verdadeira essência de cada um. Nessa batalha, você não experimenta apenas a sensação de espada contra espada, mas a sensação psicológica de ver seus companheiros lutando e sendo mortos, de achar que não pode vencer, e de tentar com todas as suas forças fazer a diferença. E muito disso tudo é passado para nós pela narrativa focada em Roran, que, mesmo sem ter nenhum poder em especial se mostra um dos guerreiros mais impressionantes de toda a série.
Após a batalha, muitas decisões tem que ser tomadas e eu acho que o curso que as coisas tomam é o mais lógico e plausível possível. No final do livro temos, como sempre, o guia de pronúncia, o glossário e os agradecimentos do autor. Uma coisa que eu gosto sobre o Paolini, no início do agradecimento ele fala um pouco sobre como foi escrever o livro, e agradece aos leitores, eu considero muito isso porque forma uma conexão real com quem está lendo. Ah, e ele diz que planeja algum dia voltar a Alagaësia, vamos torcer para que sim.
É FÁCIL SE MANTER
CALMO QUANDO NÃO HÁ NADA COM O QUE SE PREOCUPAR. O VERDADEIRO TESTE DE
AUTOCONTROLE, CONTUDO, É SE VOCÊ CONSEGUE SE MANTER CALMO EM UMA SITUAÇÃO
AFLITIVA.
***RESENHA POR DHIEGO ALPIN***
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