29 de setembro de 2013

ELDEST (CHRISTOPHER PAOLINI)

FICHA TÉCNICA
ISBN: 8532520758
Idioma: Português (Brasil)
Número de Páginas: 656
Rocco

Eldest é um livro de fantasia escrito pelo norte – americano Christopher Paolini. É o segundo livro do Ciclo da Herança, lançado em agosto de 2005, precedido por Eragon.





*CONTÉM SPOILER*

A narrativa de Eldest começa três dias após a cruel batalha travada por Eragon para libertar o Império das forças do mal. Agora, o Cavaleiro de Dragões se vê envolvido em novas e emocionantes aventuras. Em busca de um tal Togira Ikonoka – "O Imperfeito que é Perfeito" –, que supostamente possui as respostas para todas as suas perguntas, Eragon parte, junto com Saphira, o dragão azul que o acompanha desde o início da aventura, para Ellesméra, a terra onde vivem os elfos. Lá, eles pretendem aprender os segredos da magia, da esgrima e aperfeiçoar o seu domínio da língua antiga. Em sua jornada, que também é uma caminhada para a maturidade, Eragon conhece seres e lugares diferentes e se apaixona por Arya, filha da rainha Islanzdaí.

Mas também descobre que nem tudo é o que parece. Conflitos e traições aguardam o jovem herói e por um longo tempo ele não tem certeza em quem pode confiar. Os desafios de Eragon são entremeados pela luta de Roran, cuja importância aumentou em relação ao primeiro livro, formando narrativas paralelas que se juntam no fim com um único objetivo: derrotar o grande rei. Mais maduro e preparado, Eragon consegue afastar o exército inimigo por algum tempo. A vitória definitiva, no entanto, só acontece depois da revelação de um grande segredo, que fará com que Eragon e Roran se unam novamente e decidam partir para uma nova e perigosa missão, que parece ser o ponto de partida do terceiro livro: salvar a noiva de Roran, Katrina, dos Ra’zac.

Este livro inicia com um resumo do livro anterior. É um prologo útil, visto que Eldest continua a narrativa no ponto em que Eragon parou. Neste livro, O jovem cavaleiro não é o ponto central da estória, dividindo – a com seu primo Roran, em Carvahall; e com Nasuada, Junto aos Varden. Isso tornou o livro muito mais dinâmico.

As passagens de Eragon iniciam com os últimos focos da batalha de Farthen Dûr, trazendo sentimentos de fragilidade e perda ao nosso herói. Os conceitos de “heróis e bandidos”, que eram bem claros no livro anterior, começam a esmaecer, com as tramas e subterfúgios por traz do poder em ambos os lados. São momentos onde Eragon exercita mais sua astúcia do que sua magia ou sua espada.

Durante sua jornada à Ellesméra, a capital dos Elfos, são expostos, ao cavaleiro, detalhes da cultura dos anões e dos elfos, assim como as diferenças entre elas. São diferenças de crenças e valores que ilustram quão frágil é esta aliança e quão necessária esta é para eles. Novos seres são apresentados, assim como novos aliados e inimigos.

No treinamento que Eragon recebe do “Imperfeito que é Perfeito”, é demonstrada a complexidade do poder de um cavaleiro, onde uma palavra pode fazer a diferença ente uma bênção e uma maldição, entre a vida e a morte. Infelizmente seu treinamento é muito mais breve do que de seus antecessores, visto que a guerra se aproxima.

Apesar de ser muito interessante descobrir os detalhes culturais da Alagaësia, estas narrativas tornam – se um tanto monótonas. Entretanto, elas são intercaladas com acontecimentos bem mais dinâmicos em Carvahall, cidade Natal de Eragon e Roran, e junto aos Varden, pela perspectiva de Nasuada.

Enquanto o jovem cavaleiro é guiado em segurança para seu treinamento, Roran volta para Carvahall, onde seu pai morreu, sua fazenda foi destruída e seu primo desapareceu. Sem meios de retomar confortavelmente sua vida de agricultor, a esperança de conseguir aprovação para casar – se com sua amada Katrina enfraquece. Forças do império chegam a sua procura, instalando o terror na pequena cidade. Isso faz com que o guerreiro dentro de Roran surja, lutando em batalhas com inimigos mais fortes.

Nos capítulos com Nasuada, é mostrado o cotidiano por traz das batalhas. Desde a procura por espiões infiltrados até as dificuldades com o financiamento das tropas e a disponibilidade dos aliados. Nesta parte a personagem Ângela ganha espaço, tendo que lidar com as consequências de atos impensados de Eragon e Saphira, demonstrando ter muito mais profundidade e mistérios do que aparentava no livro anterior.

Ao fim, uma nova batalha, ainda mais grandiosa do que de Farthen Dûr. Nela, os paradigmas de Eragon são revistos, percebendo que inimigos podem ser aliados e vice - versa. Ao fim, Eragon ganha e perde, percebendo que derrotar Galbatorix é uma tarefa muito mais complicada do que imaginava.

Percebe – se o amadurecimento não só de Eragon como do próprio Christopher Paolini. Vemos a expressão emocional dos personagens e suas complexidades, o jogo de narrativa, migrando de um personagem para o outro, dando ritmo ao livro. As eternas descrições ainda continuam, mesmo assim recomendo a leitura da série, pois sua história, bem como seus personagens nos conquistam e nos fazem torcer por cada um.


NINGUÉM PENSA EM SI PRÓPRIO COMO VILÃO E POUCOS TOMAM DECISÕES QUE JULGAM SER ERRADAS. UMA PESSOA PODE NÃO GOSTAR DE SUA ESCOLHA, MAS A DEFENDERÁ O TEMPO TODO PORQUE ACREDITA QUE É A MELHOR OPÇÃO DISPONÍVEL NO MOMENTO.

***RESENHA POR DHIEGO ALPIN***

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