29 de janeiro de 2013

RESENHA - NÃO CONTE A NINGUÉM (HARLAN COBEN)


                O pediatra David Beck e sua esposa Elisabeth sempre comemoram o aniversário de seu primeiro beijo marcando os anos em uma árvore que fica em uma cidade afastada, local que passaram a infância. Em uma dessas comemorações ocorre uma tragédia que interrompe o clima de romance.

            Eles estão nadando no lago quando Elisabeth é sequestrada e brutalmente assassinada. O caso é resolvido quando um serial killer já conhecido por matar mulheres deixar sua marca no corpo  é condenado. Mas David não consegue superar a morte de Elizabeth e fica amarrado a uma semivida, doando todo seu tempo ao trabalho, forma que ele encontra para tentar virar a página da morte de sua esposa.

            Shauna, companheira de Linda, sua irmã, é uma grande amiga, que sabe do vazio que o angustia, por isso tenta sempre lhe resgatas dos momentos de forte lembrança com um humor cabível e sagaz. E quem o ajuda a desvendar os mistérios que estão por vir.

            Depois de oito anos, David ainda se lembra de todos os detalhes do acontecido, mas é no dia do aniversário de morte de Elizabeth que a história realmente começa. Uma estranha mensagem aparece no computador de David, uma frase que somente ele e a esposa conhecem.

            De repente ele depara com o que parecia impossível-em algum lugar, de alguma maneira, Elizabeth parece estar viva. Ele é advertido para que não conte a ninguém e envolve-se em um sombrio e mortal mistério.

            A grande sacada de Coben é exatamente tirar o médico de sua zona de conforto, construindo diálogos e situações incomuns entre os diversos perfis de personagens como o olheiro, o matador, os agente do FBI, traficante, advogada e todos os que surgem acertadamente no decorrer dos capítulos.

            Outro ponto da trama que também foge do óbvio é a abordagem dos personagens. Um bom exemplo é Tyrese, o traficante de drogas, que sente-se na obrigação de ajudar Beck como recompensa pelos cuidados que o doutor destinou ao seu filho.

            A narrativa tensa angustia o leitor. Os sucessivos questionamentos de David sobre a suposta morte da esposa e a perseguição que passa a sofrer por todos os lados o levam à beira da loucura. E é aí onde o enredo se sustenta.

            O livro poderia ser ainda mais instigante, mas as reviravoltas que acontecem acabam por complicar alguns entendimentos acerca dos personagens e suas histórias. E a leitura fica no quase.

***RESNEHA POR JUJU BRITTO***

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